Fabio Akita Report

Às vezes filosofando, às vezes sendo pragmático. Por vezes duro e severo, outras mais diplomático. Eventualmente vendendo, eventualmente realizando. Assim é a vida de um consultor em sistemas de informática de grandes empresas. De esquina em esquina, ouvimos histórias interessantes. Não sei se são interessantes, mas vou reportá-las, mesmo assim.

sábado, dezembro 24, 2005

I am now a believer ... of the Flying Spaghetti Monster

OPEN LETTER TO KANSAS SCHOOL BOARD:

CC:
  • DOVER SCHOOL BOARD (PENNSYLVANIA)
  • OHIO STATE SCHOOL BOARD
  • RIO RANCHO SCHOOL BOARD (NEW MEXICO)
  • GRANTSBURG SCHOOL BOARD (WISCONSIN)
  • COBB COUNTY SCHOOL BOARD(GEORGIA)
  • SHELBY COUNTY SCHOOL BOARD(TENNESSEE)
  • CHARLES COUNTY SCHOOL BOARD(MARYLAND)
  • NAPERVILLE SCHOOL BOARD(ILLINOIS)
  • DARBY SCHOOL BOARD (MONTANA)
  • BLUFFTON-HARRISON SCHOOL BOARD (INDIANA)

I am writing you with much concern after having read of your hearing to decide whether the alternative theory of Intelligent Design should be taught along with the theory of Evolution. I think we can all agree that it is important for students to hear multiple viewpoints so they can choose for themselves the theory that makes the most sense to them. I am concerned, however, that students will only hear one theory of Intelligent Design.

Let us remember that there are multiple theories of Intelligent Design. I and many others around the world are of the strong belief that the universe was created by a Flying Spaghetti Monster. It was He who created all that we see and all that we feel. We feel strongly that the overwhelming scientific evidence pointing towards evolutionary processes is nothing but a coincidence, put in place by Him.

It is for this reason that I'm writing you today, to formally request that this alternative theory be taught in your schools, along with the other two theories. In fact, I will go so far as to say, if you do not agree to do this, we will be forced to proceed with legal action. I'm sure you see where we are coming from. If the Intelligent Design theory is not based on faith, but instead another scientific theory, as is claimed, then you must also allow our theory to be taught, as it is also based on science, not on faith.

Some find that hard to believe, so it may be helpful to tell you a little more about our beliefs. We have evidence that a Flying Spaghetti Monster created the universe. None of us, of course, were around to see it, but we have written accounts of it. We have several lengthy volumes explaining all details of His power. Also, you may be surprised to hear that there are over 10 million of us, and growing. We tend to be very secretive, as many people claim our beliefs are not substantiated by observable evidence. What these people don't understand is that He built the world to make us think the earth is older than it really is. For example, a scientist may perform a carbon-dating process on an artifact. He finds that approximately 75% of the Carbon-14 has decayed by electron emission to Nitrogen-14, and infers that this artifact is approximately 10,000 years old, as the half-life of Carbon-14 appears to be 5,730 years. But what our scientist does not realize is that every time he makes a measurement, the Flying Spaghetti Monster is there changing the results with His Noodly Appendage. We have numerous texts that describe in detail how this can be possible and the reasons why He does this. He is of course invisible and can pass through normal matter with ease.

I'm sure you now realize how important it is that your students are taught this alternate theory. It is absolutely imperative that they realize that observable evidence is at the discretion of a Flying Spaghetti Monster. Furthermore, it is disrespectful to teach our beliefs without wearing His chosen outfit, which of course is full pirate regalia. I cannot stress the importance of this enough, and unfortunately cannot describe in detail why this must be done as I fear this letter is already becoming too long. The concise explanation is that He becomes angry if we don't.

You may be interested to know that global warming, earthquakes, hurricanes, and other natural disasters are a direct effect of the shrinking numbers of Pirates since the 1800s. For your interest, I have included a graph of the approximate number of pirates versus the average global temperature over the last 200 years. As you can see, there is a statistically significant inverse relationship between pirates and global temperature.

In conclusion, thank you for taking the time to hear our views and beliefs. I hope I was able to convey the importance of teaching this theory to your students. We will of course be able to train the teachers in this alternate theory. I am eagerly awaiting your response, and hope dearly that no legal action will need to be taken. I think we can all look forward to the time when these three theories are given equal time in our science classrooms across the country, and eventually the world; One third time for Intelligent Design, one third time for Flying Spaghetti Monsterism, and one third time for logical conjecture based on overwhelming observable evidence.

Sincerely Yours,

Bobby Henderson, concerned citizen.

P.S. I have included an artistic drawing of Him creating a mountain, trees, and a midget. Remember, we are all His creatures.



sexta-feira, dezembro 16, 2005

Zealots: to be or not to be

Não é de hoje que os "zealots" existem. Segundo a Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Zealot), um zealot é uma pessoa que denota zelo em excesso, por uma causa, uma ideologia, ao ponto de se tornar prejudicial aos outros e inclusive à própria causa. São os fanáticos.

Falando especialmente da área de informática, nos nossos dias de Internet, é muito fácil encontrar um zealot. Seja pró-Linux, pró-Java, pró-Mac ou mesmo os anti-Microsoft. Eles são muito úteis à medida que tornam tecnologias reconhecidas, ensinam os outros, divulgam a palavra, ou seja, se tornam evangelistas. O problema é quando o evangelismo salta ao próximo nível: ao de "zealotismo".

Vejamos um exemplo: com o Java foi assim. Quando a Sun o lançou há 10 anos, a plataforma era não mais do que um sandbox para pequenas animações no navegador Netscape. Graças à nova mídia pela internet, mesmo sem grandes campanhas, sem muito marketing, apenas no boca-a-boca, ele se tornou a potência que conhecemos hoje. O que os zealots, e os fãs em geral, não entendem é que tudo segue o mesmo ciclo de vida: nascem, crescem e, eventualmente, morrem. Esse ciclo de vida é particularmente menor se a plataforma não evolui para o lado correto.

Depois de uma década, o Java se extendeu dezenas de vezes, com dezenas de acrônimos que muitos nem se lembram mais: Java2D, J2EE, J2ME, J2SE, JMS, Jini, JavaCard, MIDP, PersonalJava, JCA. Mais ainda, dezenas de extensões vindas do mundo open source como Struts, Tiles, WebWorks, Echo2, Hibernate tornam a plataforma Java como um todo desnecessariamente complexo.

Agora, os zealots vão discordar "quanto mais opções melhor". Mas os fanáticos esquecem que o resto do mundo não compartilha do mesmo entusiasmo e a maioria quer tão somente o necessário para realizar seu trabalho, assim como usar um Visual Basic, que pode ser considerada uma plataforma auto-suficiente (uma única IDE, um único conjunto consistente de funções). "Esses programadores são todos amadores", novamente discordarão os zealots. Porém eles entregam seus projetos no prazo e no custo, sem perder tempo ruminando sobre a "arte" embutida na escolha desse ou daquele framework.

Eu particularmente gostaria de ver a Sun assumindo de uma vez sua criação e criando um pacote único, conciso e robusto, da mesma forma como a Microsoft conseguiu fazer com seu Visual Studio.NET. Porém, isso seria muito ruim pois afastaria os zealots e a comunidade que eles representam, e eles perderiam seus macacos de auditório, que tanto alardeiam o mercado sobrea as maravilhas do software livre. Uma paradoxo e tanto, e imagino que isso deixe irritado os executivos da Sun. Não por acaso é que dizem: "diga-me com quem andas e direis quem és".

Voltando à conversa do ciclo de vida, nós vimos o Java nascer como uma nova plataforma, aberta, flexível e robusta, evoluir como uma amálgama de soluções desconexas e, finalmente, estamos começando a vislumbrar o próximo passo. Bruce Tate, famoso entre os javeiros, já lançou um livro chamado "Beyond Java", que tem se tornado controverso e polêmico já que o autor, famoso evangelista, está sendo herético segundo os zealots: ele está rascunhando a possibilidade da morte do Java.

Bruce Tate é sábio e, novamente, os zealots ignoram a História. Ignoram que História sempre se repete. Ignoram as velhas histórias do Cobol, Basic, dBase, Clipper, Dataflex, Powerbuilder, Delphi. Em seu tempo, cada qual foi um Java, mas atualmente poucos ainda ouvem falar neles. Eu vivi a era de cada uma dessas plataformas e outras tantas. Por isso mesmo, vi o Java em seu berço, antes de seu batismo quando ainda era chamado Oak. Não me surpreenderia se amanhã ele não existisse mais.

Este é o momento em que vejo um zealot tendo um chilique no fundo da platéia: "o Java morrer? Absurdo!".

Nem tanto. Talvez pelo fato de ter vivido tantas micro-eras diferentes me acostumei a aprender coisas novas continuamente. Foi como aprendi a linguagem ABAP/4,  Java, C#.NET, PHP, e tantas outras linguagens, padrões e plataformas e agora mesmo estou aprendendo Ruby. Não é um fato novo.

Porém, muitos dos zealots são garotos. Jovens, inexperientes, entusiastas e desacostumados a frustrações.

Quando começaram a entrar no meu mundo, o Java já existia, já fazia sucesso. Eles não conseguem imaginar um mundo sem Java. Já tive uma época assim também, mas no meu tempo era o Basic.

O que esses garotos precisam aprender é justamente como ser um bom autodidata, auto-suficiente, com aprendizado contínuo e ininterrupto. É extremamente cômodo aprender alguma coisa, se tornar experiente e se encostar nela, tentando ao máximo impedir que ela suma. E mesmo quando ela de fato some, tentar acreditar que isso não aconteceu, fechar os olhos. Porém, a História se repete, tudo acaba um dia ou pelo menos se modifica significativamente. Não estou afirmando que o Java morrerá em breve, mas estou sinalizando que essa possibilidade é real.

Os zealots gritam pelo novo mas continuam com a atitude dos velhos.

Ninguém precisa ficar fazendo cursos e mais cursos para aprender coisas novas, ou pior, só tentar aprender quando a situação chega a tal ponto que só resta isso ou morrer. Aprender deveria ser natural, orgânico, como respirar e comer. É o que faço. Quando aprendi Basic nos idos dos anos 80, ou agora quando estou aprendendo Ruby. Nunca precisei de professores, sala de aula, provas. Tudo que sei de Java hoje, aprendi sozinho. E não só em informática. O que entendo de SAP, por exemplo, também aprendi sozinho. Logicamente, quando digo "não precisei de professores", quero dizer que não preciso do modelo de sala de aula, mas é um fato que sempre dependi muito de grandes amigos, mais experientes, que sempre me ajudaram a aprender coisas que eu não conhecia. Devemos sempre aproveitar a chance de estar em contato com grandes mestres.

Como diria Sócrates, "tudo que sei é que nada sei". E isso é outro fator importante: quando se é ignorante, acha-se que sabe de tudo. Quando nos propomos a aprender, quanto mais novidades entendemos mais compreendemos que falta muito ainda a saber. Comecei falando sobre informática, mas no fundo esse conceito "ser auto-suficiente" vale para qualquer área. Vamos deixar o zealotismo de lado, voltarmos a ser racionais e modificar nossas atitudes para a única coisa que realmente interessa: nossa auto-evolução. Se eu pudesse deixar uma mensagem como legado, é com isso que gostaria de ser lembrado.

Think about it.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Bruna Surfistinha, Blogs e a Nova Geração da Internet

Lembro dos primórdios da internet no Brasil. Nessa época eu era um universitário experimentando a grande rede pelos servidores da USP, no link da Fapesp, um dos poucos backbones existentes. Era 1995.

Os primórdios são saudosos, a primeira versão do Yahoo!, a primeira versão do Netscape, a primeira versão da Amazon. Fora os produtos extintos, como Webcrawler.

Tudo isso me lembra de que a Internet, na sua primeira década, permaneceu primariamente sendo um meio de divulgação de informações. Tanto que os maiores produtos de sucessos foram os browsers (Netscape VS Internet Explorer), os searchers (Yahoo! VS MSN VS Google). Tudo que permitia encontrar conteúdo relevante rápido.

Vendíamos conteúdos, divulgávamos conteúdo, produzíamos conteúdo. Sempre de uma empresa para o público. A CNN ganhou sua versão online. O New York Times ganhou sua versão online. O Estadão ganhou sua versão online. A Folha ganhou sua versão online.

Minha tese é que a primeira geração era primariamente consumidora passiva de informações. Claro, tivemos nossos sites gratuitos como Geocities ou hPG (projeto saudoso da qual fiz parte na sua concepção). Mesmo os comunicadores -- incluindo o e-mail -- sempre tiveram sua grande parcela de usuários. Mesmo assim, eles não eram eficientes e dar voz aos internautas. Os antigos Guestbooks, Fórums também não foram o suficiente para formar verdadeira comunidades.

Finalmente, alguém criou o conceito de Weblogs -- os diários virtuais. Apelidados de BLOG, logo uma nova legião de internautas passaram a relatar seu dia a dia nesses diários, deixando-os publicamente visíveis na internet para quem tivesse o interesse de ler. Mais ainda, depois dos conceitos como Six Apart, o Orkut foi ao ar levando uma nova maneira de se criar e manter comunidades.

Quase ao mesmo tempo, os Reality Shows e suas variantes começaram a fazer sucesso na mídia: Survivor, Big Brother. Eram as pessoas comuns ganhando espaço antes reservado a Celebridades multi-milionárias, fabricadas com cuidado com muito investimento. Os 15 minutos de fama nunca duraram tanto tempo. De repente a antiga elite geradora de conteúdo ganhou concorrência de uma nova elite: os consumidores ativos de informação. Agora a notícia não precisava vir somente dos editores da CNN: qualquer pessoa poderia ecoar suas palavras via Blogs e Comunidades. Os internautas deixaram de ser somente consumidores e passaram a ser seus próprios editores. Uma nova página na Era da Internet deu início.

Finalmente, chego ao assunto deste post: Bruna Surfistinha.

Acho que atualmente é muito difícil encontrar um internauta que nunca tenha ouvido falar nesse nome. Como é uma história muito conhecida, vou resumí-la aos trechos mais importantes. Quem quer toda a história, pode visitar o Blog da Bruna, em http://www.brunasurfistinha.com/blogs.

Raquel, conhecida pelo nome de guerra Bruna, é uma garota de programa (GP). Ou melhor, agora uma ex-GP. Há 3 anos ela entrava no sub-mundo do sexo. Há pelo menos 2 anos eu já havia ouvido falar dela através de outro site muito famoso (pelo menos entre nós, homens internautas), o http://gpguia.net. É um site onde postamos os test-drives (TD) com as GPs e consultamos os rankings para saber quais as melhores GPs disponíveis, as melhores casas e boates. E a Bruna Surfistinha já era uma das melhores -- se não, a melhor.

Sua grande sacada foi criar um blog, um diário onde ela colocaria seus pensamentos, seus medos, alegrias, inseguranças, memórias e, principalmente, seus relatos dos clientes. Ela teve o mérito de humanizar a figura da GP: uma mulher como qualquer outra, cujo trabalho é o sexo.

Seu diário foi tão cativante que, apenas no boca a boca (ou no messenger a messenger, se preferir), seu blog se tornou muito conhecido. É o mesmo princípio de cascata de uma Amway. Mais de 15 mil visitas diárias lotavam seu blog, com leitores (e, surpreendentemente, principalmente leitoras) ávidos pelos relatos de uma garota de programa.

Finalmente, foi descoberta em agosto de 2004 pelo site http://nominimo.com.br. Desde então ganhou a mídia e isso só vem crescendo. Folha de São Paulo, IstoÉ, Época, VIP e tantas outras publicações se dedicaram a contar a história dessa GP que se tornou famosa pela internet. Principalmente nos últimos meses, pois a Bruna havia prometido largar a profissão no dia do seu aniversário de 21 anos, completos no último dia 26 de outubro.

Os leitores e fãs acompanharam os dias finais pelo blog, como se assistindo aos capítulos finais de uma grande novela. E o último capítulo realmente veio, quando Bruna postou a "despedida desse mundinho" em seu blog.

Agora, a parte interessante para nós: alguns dias depois, em 3 de novembro, chegava às livrarias o livro "O Doce Veneno do Escorpião", pela editora Panda (uma das três que disputaram sua publicação). Se isso não é um exímio exemplo de Time-to-Market, não imagino o que mais seja.

Desde então, se tornou uma personagem bastante requisitada pela mídia. Entrevistas em rádios, jornais, revistas, TV. Programas populares como Luciana Gimenes, Gilberto Barros, Pânico na TV, João Gordo, e até mesmo a famosa poltrona do Jô Soares contaram com sua presença.

Bruna Surfistinha é a celebridade mais famosa do momento. A revista VIP entitulou em sua capa "O Mito, a Lenda", sem exageros. O conteúdo de sua história não é particularmente relevante, não se trata da vida de um John Lennon, o importante é entender como a atual geração de internautas e da evolução da internet, tornaram possível que uma GP se tornasse uma das personalidades mais celebradas desse país.

Seu livro vai de vento em popa. Teve sua primeira edição, com tiragem de 10 mil exemplares, esgotada em duas semanas. Na revista Veja ela permanece na lista dos mais vendidos há duas semanas, em terceiro lugar. Sua história já é conhecida por toda América Latina. Já surgiram até propostas para transforma o livro em um longa-metragem! Que tal isso como concorrente dos 2 Filhos de Francisco? Como não gosto dos sertanejos, acho que será uma história mais interessante.

E nesse momento ela está se preparando para embarcar para a Europa. Seu livro será lançado em Portugal e na Espanha. Vejam isso: http://www.clarin.com/diario/2005/12/01/sociedad/s-04201.htm.

O que estamos assistindo, ao vivo, em primeira mão, é o making-of de uma Celebridade. Um produto de marketing criado e consumido por uma geração de internautas, que criam e mantém enormes comunidades em sistemas como Orkut. Uma geração que relata a realidade pelo seu ponto de vista em seus blogs. Bruna Surfistinha é um byproduct do oceano de centenas de milhares de informações inúteis geradas todos dia.

Devemos exaltar tais produtos? Claro que não. Devemos sempre nos manter fora das massas mas é importante não ignorar tais episódios para entendermos os mecanismos que atiçam o interesse das massas. É um novo tipo de produto de consumo descartável -- celebridades instantâneas -- da mesma forma como artistas de novelas, jogadores de futebol e tudo mais que a sociedade adora consumir: moda instantânea, fast-food. Devemos aprender a explorar esse novo tipo de marketing baseado em Reality Show, devemos aprender como controlar tais eventos e como tirar o máximo proveito deles.

Esse é um tipo de patologia social que não é exclusiva de nosso país. Temos que nos manter imunes a isso mas aprender como utilizar de forma comercial.

Think about it.